Agronegócio
Palestra na Expofeira aborda o uso de agrotóxicos
Professor aposentado da UPF apresentou dados e informações para desmistificar algumas ideias sobre o produto
Carlos Queiroz -
O professor aposentado da Universidade de Passo Fundo (UPF), Claud Goellner, engenheiro agrônomo, palestrou nesta quarta-feira (11) dentro da programação da 92ª edição da Expofeira Pelotas. Ele abordou os mitos e verdades na aplicação de produtos fitossanitários e, através de dados e da sua experiência na área, expôs sua visão sobre o que é dito hoje no país sobre este uso.
Antes de falar ao público, ele conversou com o Diário Popular e disse que muitas abordagem são feitas no aspecto do uso de agrotóxicos no país, especialmente em grupos e mídias sociais, e que ele pretende desmistificar isso. Goellner afirmou que, em volume físico, o uso destes produtos no país não é tão grande. "Interessa o uso em hectare produzido", garante.
Por possuir uma área agrícola muito grande e plantações diversas, com mais de cem culturas diferentes, o uso em números brutos parece elevado. Somam-se a isso as condições ambientais de ser um país tropical, favorecendo pragas e doenças.
No entanto, ele apresentou uma comparação por unidade de área produzida. Segundo ele, o país utiliza uma média de 2,33 quilos de ingrediente ativo por hectare, inferior ao uso similar em países como Alemanha, Holanda e Japão.
Intoxicações
De acordo com os dados do professor, atualmente as intoxicações não-ocupacionais são maiores que as ocupacionais, que seriam apenas 25%. "A grande maioria das intoxicações não tem nada a ver com a prática", disse. A presença em frutas e hortaliças também é baixa, segundo seus dados. "O produtor usa agrotóxico porque precisa, não porque quer", encerrou.
A programação da 92ª Expofeira continua nesta quinta, com o 9º Seminário de Turismo Rural: Roteiros e Sabores; a entrega do Prêmio Mérito Rural em comemoração aos 120 anos da Associação Rural de Pelotas (ARP) ao leiloeiro Jarbas Knorr; a entrega da medalha Nunes Vieira ao ex-presidente da ARP, José Luiz Kessler, e o Leilão Redomão Crioulo do Sul.
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